sexta-feira, 24 de junho de 2011

Crônica DORVALINO e NOÊMIA

DORVALINO E NOÊMIA
DORVALINO FURTADO FILHO

Vejo sempre meus pais com os olhos de minha alma, na visão bem VIVA de meus irmãos, minhas irmãs, meus sobrinhos e nas minhas sobrinhas.
Este meu espírito “inquietante”, quer preservar as heranças do espírito de Noêmia, minha mãe e Dorvalino, meu pai. Neste mês da morte de minha mãe, (vai mais de 30 anos), a saudade começou a doer e quero imortalizá-la junto com meu pai.

Minha mãe sempre renovava atitudes da vida e transferia tudo para seus filhos. Tive o privilégio de receber mais dela por ser o último de “nariz chato”.
Meu pai “sacudia o pó do sapato” antes de entrar em casa, pois vivia desbravando o mundo para sustentar 13 filhos, com Noêmia limpando a trilha de poeira de excelência que meu pai percorria.

Dorvalino tinha consciência do tempo certo, radical de coração, às vezes, mas acertava no que precisava e no que queria.
Jesus foi preceptor de almas e não foi simplesmente um legislador moralista. Meu pai foi preceptor de filhos com moral, bem menos do que Jesus teve, lógico e óbvio, mas Dorvalino conseguiu com Noêmia, pavimentar com lucidez e denodo os caminhos da vida que ainda trilhamos.
Quanto a minha mãe, hoje, mais do que nunca, entendo a sua sabedoria, pois vivia sem medo do futuro, adorava o presente, servia o presente, e por causa dos filhos, nunca deixou de armazenar o passado para reflexão, sabendo que meu pai jamais sairia do “controle-mor” para garantir nosso futuro. E garantiu...
Tudo o que minha mãe tinha, ela doava para os filhos, dividindo com genros e noras, e perdoava quem conseguia subestimá-la ou mesmo ofender a sua inteligência secreta, uma inteligência que não aprendeu em escolas, mas nasceu com ela como uma benção ou uma glória de Deus.
Ainda reflito sobre os impulsos de cuidados e atenção de minha mãe, principalmente em direção ao meu pai. Era servil, sem servilismo ou hipocrisia.
Muitas situações de minha vida, atualmente, e até na minha arrogância de querer julgar ou criticar erros ou prepotências de amigos, colegas, ou parentes, vem a minha mente a extraordinária, única, sensível e cristã humildade de minha mãe.
Fico então, introspectivo e no meu silêncio que fala, tento, eu disse, tento ser mais humilde como Noêmia.
A MÃE era nobre, nunca se sentiu superior ao próximo, ao contrário, ela, com sua humildade, era um contraposto da vaidade destruidora de sentimentos.
Costumo comparar, por ser providencial, que a humildade de minha mãe se assemelhava a de uma abelha, ou seja, um ser “pequeno” que sempre produziu o que há de mais doce na vida.

As virtudes e obras da vida desta MULHER, sempre foram mais que admiráveis, e sempre permaneceram “ocultas” como todas as obras de DEUS.
Meu pai Dorvalino FOI um HOMEM rígido, mas tinha ternura oculta e vivia com uma filosofia natural de vida bem marcante.
Dorvalino foi um “CHEFE” predestinado a fazer felizes seus filhos e filhas de dois casamentos.
O pai era sério e muito obsessivo em educar exemplarmente seus filhos, e acabou deixando uma herança de “mil anos” de paz, uma paz que nos deixou escolher, mesmo algumas vezes, nossos caminhos.

Minhas recordações serenas, diz que meu pai deveria receber lá na eternidade, um prêmio dos vencedores aqui na Terra, ao criar uma ordem familiar exemplar apoiada pelos alicerces do amor, paciência e denodo de vidas de minha mãe.
Todos os dias recebíamos de meus pais um convite para ser feliz, por impulsos naturais deles, como um selo de Deus.

Existem velhos que tem o coração seco pela avareza e egoísmo, mas há jovens que possuem tamanha avareza, patológica pela educação, que desprezam e ridicularizam os bens ou os valores da alma e que já fecharam seus corações para o ideal. Ou seja, esses podem constituir certa pústula moral da sociedade, pois não "tiveram" pais, mas trouxas do lar. Para os filhos de Noêmia e Dorvalino foi diferente.

Meus pais nunca se consideraram velhos, pois, ao contrário, eles nunca foram velhos, não temiam adversários, justo por isto, nunca se sentiram medíocres ou insignificantes.
Uma ressalva, se você se acha velho (com 70 anos ou mais...), não deixe de ter um coração jovem como meus pais, pois Deus já colocou dentro de você o ânimo e a juventude.
A força de minha mãe me faz sempre dizer: "Meu amor"... E Nunca, meus irmãos, irmãs, sobrinhos, sobrinhas, amigos, parentes, deixem de lembrar-se dos seus pais, como eu. Beijem, então, a sua amada (o), com os lábios abertos sentindo sua saliva.

Há! Você se acha velho mesmo assim?
Então, por favor, reflita sobre o que disse o imortal Drummond na sua velhice: "Pouco importa que venha a velhice, que é velhice? Teus ombros suportam o mundo".
Apesar de tudo, tenho “mágoas” ao lembrar meus pais, e por um motivo sério: Eles “deixaram de me ensinar a viver sem eles”.

Exemplo de Casal de Idosos Feliz e Independente e Frutífero.
                    او طيف أ بريفيلéجيه د سونفيفير جونتينهو د موس أفóص.

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